SÃO MARTINHO

Ontem à noite, festejei o São Martinho. Sou natural da Vila de Anta, no concelho de Espinho. O Santo padroeiro na Vila é o São Martinho. Desde muito novo e por fazer parte do corpo musical da Tuna Musical de Anta, vivi com alguma intensidade os festejos do São Martinho. O magusto que fazíamos na sede da colectividade na sexta feira anterior às festas eram sempre muito animados, e com um simbolismo especial. Em muitas procissões participei como musico por esse país fora, mas a procissão de São Martinho, da Nossa Senhora dos Altos Céus e São Mamede eram especiais. Eram as festas da terra, e sentia-me sempre bastante orgulhoso por participar nas festas da terriola. Hoje em dia, embora sinta saudades dessas festas populares não vou nem sequer espreitar. Confesso que não tenho paciência para perguntas como, "onde vives", "como vives", com quem vives" ou até em alguns casos "ainda vives"? Não há pachorra!!! Mas ontem não quis deixar em branco a data. E sem ter nada combinado, e num ápice, juntei o útil ao agradável. Juntei alguns amigos cá em casa, e fiz uma bela jantarada como fazia em tempos passados. Muita carne, muito vinho, muita boa disposição, muita conversa e acima de tudo muita amizade. As castanhas assadas não podiam faltar, embora tenha tido uma falha grave ao esquecer-me da jeropiga. Fica para a próxima. Ao Carlitos, à Iola, à Marta, à Micaela, à Paula e ao Paulo um bem hajam pela companhia agradável que me ofereceram.